O que vem transformando as operações de intralogística no país?

A busca por tomadas de decisão mais assertivas, a escolha de equipamentos ideais para iniciativas eficientes e as projeções de futuro no segmento estão sendo impactadas pela automação, inteligência artificial e inovações promovidas pelo conceito de indústria 4.0

Compactação e agilidade nos processos, automação e inteligência artificial e as inovações promovidas pelo conceito de indústria 4.0 são as tendências que vêm mudando as operações de intralogística no país, na visão de players do mercado. Isso já impacta nas tomadas de decisão mais assertivas, na escolha dos equipamentos ideais para iniciativas eficientes e nas projeções de futuro.

“Por parte da indústria fornecedora de intralogística, podemos destacar soluções cada vez mais compactas e ágeis. Por parte dos clientes consumidores de intralogística, os desafios estão em atender cada uma das diferentes e mais variadas operações da maneira mais ágil e eficiente possível”, salienta Leonardo Schuskel, gerente Comercial e de Marketing da ULMA no Brasil.

Para Rafael Kessler, diretor comercial da Combilift no Brasil, as grandes inovações estão relacionadas com automação, que buscam aumentar a eficiência das operações e a acuracidade das atividades, ou seja, a capacidade de fazer mais e em menos tempo com a mesma equipe, e junto a isso diminuir ou eliminar erros de endereçamento e entrega.

Além de automação, continua Kessler, a inteligência artificial gera informações mais precisas para gerenciar níveis de estoque, tamanho de frota, roteiros de entrega e localização dos centros de distribuição. “Ainda há oportunidade para otimizar o uso de depósitos com maior compactação da armazenagem e uso de equipamentos mais flexíveis, que se adaptam melhor aos depósitos e estruturas de armazenagem disponíveis”, acrescenta.

Emerson Lourenço, gerente de vendas Soluções da viastore Systems, ressalta que, ao se abordar inovações em intralogística, o software e o conceito de indústria 4.0 são os pontos chaves. “Cada vez mais o mercado exige soluções com rápidas respostas e conectividade de software e hardware, e isso exige um software poderoso que possa controlar e integrar qualquer sistema de automação dentro de uma fábrica ou CD”, aponta.

 

 

 

Foto: Emerson Lourenço, da ViaStore

 

 

Equipamentos 

E, a partir dessa realidade, quais são os principais equipamentos utilizados atualmente e quais são as suas principais entregas ao cliente? Rafael Kessler destaca que a nova era é da automação, redução de largura de corredores, aumento da altura de armazenagem e carros satélites, mas o maior desafio está na mão dos gerentes de projeto e de suas equipes, de qual estratégia escolher, levando em conta requisitos de instalação e operação, investimento de implantação e custos operacionais e principalmente a flexibilidade para se adaptar a mudanças nas demandas de mercado.

“Por mais dinâmico que seja o universo da tecnologia e da automação, as soluções continuam sendo compostas com tecnologias já consolidadas, como transelevadores, miniloads, shuttles de caixas, Sistema de Preparação de pedidos com luzes, sorters de média e alta cadência, entre outras soluções mais modernas, como AMR’s”, explica Leonardo Schuskel.

Emerson Lourenço aponta que, hoje em dia, nos projetos de automação, a empresa vem utilizando diversas tecnologias como: miniloads, transelevadores, sistemas shuttle, sistemas transportadores, AGV’s, AMR’s, robôs, empilhadeiras autônomas e também manuais. “O desafio aqui é a integração total dessas tecnologias por meio de um software robusto que possa controlar todo o fluxo de materiais”.

Futuro 

Para o futuro, o que vem sendo desenvolvido em termos de pesquisa e desenvolvimento? “Da nossa parte, em termos gerais, se tratando de soluções, acreditamos que soluções que possam conviver com uma operação manual existente, e que possa ser realizada uma transição sem parada da operação é a grande chave. Com relação a produtos o futuro está voltado muito mais para a parte de software, com inteligência artificial cada vez mais inserida nas máquinas, com sistemas de ´autogestão` dos períodos de manutenção do que novos hardwares”, afirma o gerente Comercial e de Marketing da ULMA no Brasil.

O diretor comercial da Combilift no Brasil reforça que a melhor pesquisa e desenvolvimento é aquela que se adapta rapidamente às demandas do mercado. Muito do que aconteceu e acontece na logística no mundo inteiro – alterações e disrupções da cadeia logística, crescimento do e-commerce, transição de B2B para B2C, redução de prazo e fragmentação das entregas - eram impensados há dois anos no ritmo que ocorreram.

“Os desenvolvimentos serão no rumo da eficiência, robustez, facilidade de uso e flexibilidade, para serem empregados por uma força de trabalho cada vez mais escassa e volátil”, complementa.

Para o gerente de vendas Soluções da Viastore Systems, o futuro está no desenvolvimento de soluções cada vez mais conectadas e inteligentes, sejam elas de software ou de equipamento. 

 Foto: Rafael Kessler, da Combilift

“No que diz respeito a software, funcionalidades que atendam os mais diferentes critérios de recebimento, armazenagem, separação e expedição de materiais e que possam ser completamente conectados com todas as áreas da fábrica ou CD. Em termos de equipamentos, a velocidade e a confiabilidade são os pontos chaves que norteiam o time de desenvolvimento e, como resultado, temos os equipamentos mais rápidos do mercado para sistemas de armazenagem e movimentação de materiais com alta confiabilidade”, comenta.

 

Conteúdo criado para o blog ROTA DIGITAL NEWS da FENATRAN, por Valéria Bursztein.