04 a 08 Novembro | 2024

A transição energética já começou

Conteúdo publicado originalmente no Portal NTC.

Apresentamos a iniciativa de três empresas que, com pioneirismo, estão substituindo o uso de combustível fóssil em suas frotas.

No setor de transporte, a transição energética está a todo vapor. A redução das emissões de carbono se tornou um imperativo e o uso de combustível fóssil começa a sair de cena. Um exemplo disso é o recém-aprovado projeto do Parlamento Europeu que proíbe os países do bloco de comercializarem veículos novos com motores a gasolina e diesel a partir de 2035. Nessa esteira, no Brasil, várias empresas têm investido em fontes alternativas de energia e em frotas mais modernas e eficientes. Além do aspecto ambiental, as mudanças acarretam melhora na qualidade de vida dos motoristas, que são submetidos a menos barulho e poluentes. O movimento sinaliza que o setor está atento às boas práticas de ESG (ambiental, social e governança).

Apresentamos, a seguir, os cases de três empresas nacionais que estão adiantadas nesse processo – e já colhem bons frutos.

Frota elétrica e guiada por mulheres

Expoente no transporte de encomendas, a Braspress atende todo o território nacional. A companhia, com sede em Guarulhos, emprega, desde o segundo semestre de 2021, uma frota eletrificada que atende empresas do ramo do varejo, consumo, tecnologia e saúde na região central da capital paulista. Conduzidos exclusivamente por mulheres, os elétricos da montadora chinesa JAC Motors geram zero emissão de poluentes; possuem autonomia de 200 quilômetros; e transportam até quatro toneladas.

Cada caminhão elétrico roda de 200 a 250 quilômetros por dia. Se fossem movidos a diesel, consumiriam 47 mil litros de combustível por ano, gerando um custo de R$ 273 mil no período, calcula o diretor de Frota da Braspress, Urubatan Helou Junior. “Em 2022, deixamos de emitir 677.120 toneladas de CO2 na atmosfera. Além disso, deixamos de pagar cerca de R$ 150 mil em multas de rodízio, pelo fato de os elétricos terem isenção na cidade de São Paulo”, acrescenta. A mecânica mais simples também é considerada um trunfo pelo gestor, que diz economizar até R$ 22.500,00 em manutenção por mês.

Para a recarga dos caminhões, a Braspress trabalha com dois fornecedores de energia sustentável. “Compramos dessas empresas e, hoje, a nossa matriz e dez filiais utilizam essas fontes, que vêm de painéis solares e energia eólica”, detalha. Como vantagem adicional, Urubatan Helou Junior cita que os veículos elétricos são automáticos. “De acordo com as próprias motoristas, é nítida a redução do cansaço no fim da rota, pela leveza da direção e ausência de câmbio e embreagem”, finaliza.

Esforços para zerar emissões até 2050

Quem também utiliza caminhões elétricos de pequeno porte em suas operações urbanas é a DHL Supply Chain. A empresa internacional de logística, armazenagem e distribuição, que atua no Rio de Janeiro (RJ), na Grande São Paulo e na região de Campinas (SP), emprega esses veículos para o atendimento ao mercado de varejo, ecommerce, moda, consumo e insumos médicos, entre outros.

O primeiro elétrico foi adquirido em 2016 e, hoje, a frota conta com 81 exemplares. “Temos planos de chegar a 120 veículos ao longo de 2023, o que expande bastante nossa gama de cobertura de serviços com zero emissão de CO2. Esse projeto, inclusive, ganhou destaque global não só no quesito sustentabilidade, mas, igualmente, diversidade, devido a termos mais de 50% do quadro de motoristas mulheres”, exalta Solon Barrios, vice-presidente de Transportes da DHL Supply Chain.

 

Esta é uma curadoria de conteúdo da RX Brasil sobre Transição energética. Para continuar lendo, acesse Portal NTC.