Caminhoneiras: conheça o curso que já capacitou mais de 200 motoristas
Com a queda no número de profissionais, a capacitação de caminhoneiras virou alternativa para as empresas do setor de transporte renovarem seus quadros de motoristas.
Conteúdo publicado originalmente no Estadão.
A baixa atratividade da profissão de caminhoneiro preocupa os gestores de empresas de transporte. De acordo com dados do Denatran, desde 2015 o número de habilitados, sobretudo homens, cai em torno de 5,9% ao ano. Antes, o Brasil registrava alta de 1,4% a cada 12 meses. Assim, transportadoras e operadores logísticos passaram a mirar as caminhoneiras. Contudo, o número de mulheres habilitadas e preparadas para guiar caminhões e ônibus ainda é limitado.
Para suprir essa demanda, a Fundação Adolpho Bosio de Educação no Transporte (Fabet), criou o curso de formação de mulheres caminhoneiras para o transporte de cargas. Conforme a gerente geral da Fabet São Paulo, Salete Marisa Argenton, a iniciativa surgiu há dois anos. De acordo com ela, o objetivo é capacitar as motoristas. Bem como dar confiança às mulheres que querem trabalhar como caminhoneiras.
Desde que foi criado o curso, 249 mulheres foram capacitadas para a função de caminhoneira. “Mais de 70% conseguiram emprego”, afirma Salete. De acordo com ela, as mulheres que passaram pela Fabet estão preparadas para dirigir desde caminhões pequenos até carretas articuladas. Além disso, podem atuar em operações de distribuição urbana, transporte rodoviário nacional e mesmo internacional.
Vantagens de ter mulheres ao volante
Conforme Salete, há casos em que a empresa banca o custo. É o caso da Andrade Transporte. Segundo o gerente de operações da transportadora, Rodrigo Silva, seu time tem 15 candidatas ao curso. De acordo com ele, trata-se de um ótimo investimento. "Temos notado que as mulheres são mais caprichosas. Além de serem mais dedicadas e preocupadas. Além disso, seguem à risca os procedimentos."
Silva conta que os homens cometem mais infrações, como excesso de velocidade, além de realizarem freadas e curva mais bruscas. De acordo com ele, apenas 3,4% das mulheres estão envolvidas nesse tipo de evento. Portanto, isso fez com que a empresa estabelecesse a meta de ter, ao menos, 30% do quadro formado por mulheres. "Para isso, vamos 'garimpar' motoristas interessadas e investir em capacitação."
Esta é uma curadoria de conteúdo da RX Brasil sobre o Caminhoneiras: conheça o curso que já capacitou mais de 200 motoristas. Para continuar lendo, acesse Estadão.